Resumo: | O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre o estado de portador de Staphylococcus aureus e a ocorrência de mastite puerperal em lactantes assistidas no Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira. O desenho do estudo empregado foi do tipo casocontrole, sendo selecionados dois grupos de mulheres: 44 mulheres diagnosticadas com mastite associada a S.aureus (grupo caso) e 88 mulheres sem a doença (grupo controle). Foi analisada, em ambos os grupos, a diferença entre as proporções observadas para as variáveis relacionadas às características sócio-demográficas, culturais e condutas durante a amamentação. Para a confirmação da mastite por S. aureus, amostras de leite humano ordenhado foram cultivadas em Agar Baird-Parker a 37 0C por 48 horas. Paralelamente, para a caracterização do estado de portadora, swabs das narinas, orofaringe, mãos e axilas foram cultivados em caldo de enriquecimento não seletivo a 37 ºC por 24 horas, e posteriormente, em Agar Manitol Salgado a 37 0C por 48 horas. As colônias isoladas foram identificadas através de testes bioquímicos convencionais: coloração de Gram, catalase, DNAse e coagulase. A obtenção dos dados sobre as características sócio-demográficas, culturais e condutas de amamentação foi realizada por meio de entrevista e aplicação de questionário estruturado com perguntas fechadas. Um total de 699 culturas de S. aureus foram isoladas e caracterizadas quanto ao perfil de 13 sensibilidade a 14 antimicrobianos através da técnica de difusão em Agar. As lactantes do grupo caso apresentaram um percentual (36/44, 81,8 por cento) de colonização significativamente maior (p < 0,05) que as lactantes do grupo controle (45/88, 51,1 por cento), sendo a narina o principal sítio de colonização em ambos os grupos. No grupo caso, 79,8 por cento das lactantes apresentaram o microrganismo em dois ou mais sítios simultaneamente... (AU)^ipt.
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